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Educação sexual: o que é, objetivos e importância

Para evitar que os alunos procurem a informação errada em outro lugar, devemos ensinar da forma correta. Xvideos Embora nos currículos escolares a educação sexual esteja presente apenas a partir do ensino básico, na realidade a educação sexual pode e deve acontecer ao longo de toda a vida. A educação sexual é uma prática educativa que pode acontecer de maneira formal ou informal e que tem assumido uma grande importância na formação e desenvolvimento de crianças e jovens. Compreender a sexualidade é também compreender-se a si mesmo, e apesar do que pensamos, sexualidade vai muito para além de sexo, engloba afetos, autoestima, relação com os outros, entre outros. Todo gestor e gestora precisa ter em mente que a escola tem um papel protetivo na vida da criança e do adolescente.

A sexualidade é inata ao ser humano e deve ser compartilhada de forma saudável, para que a criança tenha intimidade com seu próprio corpo e possa conhecê-lo e protegê-lo. Já a sexualização precoce vem de fora e ‘adultiza’ a criança – faz com que ela repita comportamentos inapropriados para a sua idade”, afirma Renata Franco, psicóloga especialista em comunicação não violenta. Mas há quem ainda acredite que falar sobre sexo com jovens é um tabu — ou, pior, errado. A educação sexual não deve ser responsabilidade apenas da escola, mas de toda a sociedade. Para que seja realmente eficaz, é preciso envolver também as famílias e a comunidade no processo. A educação sexual é um conjunto de informações, habilidades e atitudes que nos ajudam a entender melhor nosso corpo, nossos desejos e nossos relacionamentos.

Entretanto, ela cita que a partir dos 4 anos, ainda na educação infantil, começam a surgir curiosidades sobre o corpo. A partir disso, a profissional recomenda que os educadores aproveitem a oportunidade para ensinar o nome correto dos órgãos genitais e os conceitos de privacidade. Como nem sempre essa é uma tarefa fácil para pais e mães, a escola também tem seu papel. Até porque é lá onde as crianças se sentem mais à vontade para tirar dúvidas, contar seus medos e desenvolver suas opiniões pessoais. Ensinar para que os jovens vivam bem com sua sexualidade, com liberdade e respeito, que sejam críticos e saibam identificar situações para serem capazes de se posicionar”, afirma Figueiró.

Por que a educação sexual é tão importante?

🤝 E se a família discordar da abordagem?

Segundo a Organização Mundial e Saúde (OMS), a sexualidade é um aspeto central do ser-humano durante todo o ciclo de vida e abrange o sexo, as identidades e papéis de género, a orientação sexual, o erotismo e o prazer, intimidade e reprodução. Ela é experienciada e expressada através de pensamentos, papéis, práticas, atitudes e relacionamentos. Embora a sexualidade possa acabar por incluir todas estas dimensões, nem todas são expressas e experimentadas. “Explicar por que cobrimos as partes íntimas e porque não devemos deixar ninguém nos tocar ou tocar nas partes íntimas dos colegas. Já no ensino fundamental podemos reforçar todos esses conceitos”, esclarece Miriam. “É importante conhecer a sexualidade e entendê-la em uma linguagem adequada à idade e de acordo com o desenvolvimento dela.

Câncer infantil é mais agressivo, mas taxa de cura é maior

É extremamente importante incluir esse conteúdos no currículo das escolas para ensinar crianças sobre consentimento e o que precisam fazer para pedir ajuda. Já para os jovens, é necessário se preparar para a vida sexual com informação e de maneira responsável. A educação sexual nas escolas passa pela abordagem das temáticas relacionadas com a sexualidade nos currículos escolares.

Outro comportamento muito frequente nas escolas é a queda de rendimento escolar, falta de concentração e desatenção. Ansiedade, raiva e tristeza podem ser sentimentos comuns”, exemplifica. Todos nós vivemos e crescemos desenvolvendo nossa sexualidade e isso não acontece somente na fase adulta. É nítido ver que as argumentações e informações sobre o tema não são tratadas com a devida transparência. Falta diálogo claro, sério e responsável, pois esse é o único caminho possível para discutirmos esse assunto. No ano passado, o dicionário Oxford escolheu como palavra do ano o adjetivo “toxic”, “tóxico”, em português.

Educação sexual ainda é tabu no Brasil e adolescentes sofrem com a falta de informação

Além disso, existe muito conteúdo gratuito e de qualidade na internet. É possível assistir a vídeos de profissionais sérios, por exemplo. No meu canal do YouTube eu ensino de forma prática sobre sexualidade e prevenção. Vale a pena começar, pois educação sexual salva vidas”, afirma a pedagoga. O tema surgiu na década de 1970, especialmente nos Estados Unidos e na Europa, vindo com força das mudanças de comportamento dos jovens, dos movimentos feministas e, sobretudo, de grupos da sociedade que começaram a discutir a importância do controle de natalidade. Mas foi ainda nos anos 1920 e 1930 que aconteceram as primeiras tentativas de inclusão da educação sexual nas escolas, com o apoio de médicos e educadores.

Os temas relacionados à sexualidade podem ir sendo abordados ao longo da vida da criança ou jovem e em momentos em que surjam diferentes oportunidades para tal. As crianças e jovens conseguem tomar decisões mais conscientes, informadas e responsáveis quando têm acesso à informação. Por isso, é importante que os pais consigam responder pertinentemente às perguntas que os seus filhos fazem ao longo do crescimento e desenvolvimento.

Por exemplo, em uma atividade promovida pelo Instituto Criança é Vida, as crianças fizeram pinturas com tinta guache vermelha usando como suporte absorventes de diferentes formatos. “Por meio dos livros você fala dos personagens e não de uma criança específica. A literatura não constrange, existe leveza para tratar de um assunto que às vezes é pesado. Iniciando pelas literaturas, as pessoas vão ganhar confiança e depois podem alcançar profundidade no assunto.

Tornou-se também Formadora certificada, e trabalha como Psicóloga Clínica, com o objetivo de ajudar a construir histórias felizes, promovendo a saúde mental. Muitas das disfunções sexuais e problemas ao nível da sexualidade têm na sua origem uma educação repressora, marcada por mitos e crenças erróneas acerca da sexualidade, o que reprime a nossa capacidade de a vivermos de forma livre e significativa. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, 61,4% dos estupros no Brasil são praticados contra crianças de 0 a 13 anos, e em 88,7% contra pessoas do sexo feminino. É comum as crianças, por volta dos 3 anos, começarem a questionar os adultos sobre seu corpo.

Os adolescentes falam sozinhos sobre a sexualidade que faz parte do plano da vida. A educação sexual é papel da família, da escola, do Estado e das políticas públicas”, disse a coordenadora do programada Saúde do Adolescente. Em casa, às vezes mais cedo que isso, elas já costumam perguntar. “A escola é um lugar de segurança para prevenir e identificar as violências. Além disso, é na escola que as crianças aprendem a viver em sociedade, a respeitar o outro, a consentir ou não, a colocar limites nas outras pessoas, por isso é tão importante que a educação sexual formal aconteça nas escolas”, diz Nathalie.

No trabalho de prevenção ao abuso sexual podem fazer uso destes materiais e de outras estratégias, sendo importante, dentro disso, explicar sobre corporeidade, direitos, limites, consentimentos, entre outros aspectos afins a este assunto”, diz  Andreza. Essa discussão, muitas vezes, é causada por desconhecimento e desinformação. Por isso, neste texto, vamos discutir a importância de falar sobre o assunto, a fim de entender a educação sexual infantil sem exageros e sem os “fantasmas” de quem trata o tema como uma obscenidade e se aproveita dele como uma bandeira política. Para os especialistas ouvidos pelo g1, é importante que as famílias estejam ao lado das escolas na tarefa de ensinar as crianças a conhecer o próprio corpo, a entender as noções de intimidade e a se proteger de casos de abuso. Miriam ainda reforça que não é necessário que o professor seja especialista em educação sexual, mas é fundamental que seja um profissional informado sobre o assunto. “Quando a escola desenvolve e fala sobre esse assunto, muitos casos de violência vêm à tona e o aluno percebe que o que está acontecendo.

Um aluno chamado Otis Milburn (Asa Butterfield), cuja mãe é uma renomada sexóloga, começa a dar conselhos e informações em torno do tema a outros alunos, transformando a prática em um negócio com a ajuda de sua colega Maeves (Emma Mackey). “Com os pequenos, de 3 ou 4 anos, começamos ensinando sobre as partes do corpo, os nomes certos, quem pode ter acesso e como pode ter acesso. Não adianta falar ‘ninguém pode colocar a mão aqui’, não funciona”, explica Mariana. Segundo ela, dizer apenas “não toque” pode causar pânico quando pessoas autorizadas no cuidado, como pais, cuidadores e médicos, os ajudarem no banho e na hora de se limparem. Se o seu objetivo é o mesmo que o nosso, ou seja, o combate ao abuso e à exploração sexual contra crianças e adolescentes, saiba que a educação nas escolas é essencial para isso. Só a partir da educação sexual a criança e o adolescente tem a oportunidade de desenvolver e aprender sobre autocuidado, sendo capaz de perceber e pedir ajuda caso seja vítima de algum tipo de assédio. É aumentar a proteção das crianças e adolescentes trazendo conhecimento que vai auxiliar no desenvolvimento saudável da sexualidade.