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Riscos da automedicação e como evitar consequências graves

Além disso, o acesso a serviços de saúde e a orientação farmacêutica são essenciais para garantir que os pacientes recebam o tratamento adequado. Por fim, devemos ter a consciência de que a automedicação é um grave problema mundial, afetando a vida de todos. Essa prática pode levar a sérios riscos à saúde, como reações adversas, agravamento de doenças e até mesmo a morte. É essencial que a população compreenda a importância de buscar orientação médica adequada antes de tomar qualquer medicamento, garantindo assim um tratamento seguro e eficaz. Somente com educação e conscientização poderemos reduzir os impactos negativos da automedicação e promover um cuidado mais responsável e saudável. Acreditamos que ninguém gosta de jogar dinheiro no lixo e a automedicação, invariavelmente, resulta na compra desnecessária de medicamentos, aumentando relativamente os custos para a sua família.

Evite combinar diferentes medicamentos sem orientação médica, especialmente aqueles que podem interagir de forma negativa. Isso inclui o uso de substâncias como álcool ou drogas recreativas junto a medicamentos prescritos. Quando os medicamentos são tomados de forma imprudente, como em doses erradas ou em combinação com outras substâncias, os efeitos colaterais podem ser exacerbados. Isso pode resultar em reações alérgicas, dormência, dificuldade respiratória, ou até danos ao fígado ou rins.

O registro foi feito pela gravação das reu-niões com o consentimento dos participantes e posterior transcrição literal dos relatos para análise. A transcrição dos relatos gravados utilizou normas segundo Marcuschi14, que procura preservar o máximo de fidelidade entre o diálogo e o texto escrito, observando-se as normas de transcrição de discursos que devem preservar as características das falas com diferentes graus de detalhe, entonação, ênfase, pausa, altura e ritmo. As gravações das discussões dos GF foram transcritas, na íntegra, pela mesma pesquisadora que atuou como moderadora. Dessa maneira, você tem um auxílio extra na hora de prescrever, ganha mais tempo e os pacientes ainda conseguem comprar os medicamentos online, de forma rápida, prática e segura.

Torna-se evidente a necessidade de definição de normas ou exigências para a qualificação sistemática desses trabalhadores e limitação de suas atribuições. No trecho anterior, observa-se satisfa-ção com a qualidade do atendimento recebido nas farmácias. Em outros, a farmácia é identificada como estabelecimento de venda de medicamentos, de fácil acesso, que se apresenta como opção ao atendimento demorado do sistema de saúde que não oferece, na maioria das vezes, orien-ta-ções satisfatórias, tal qual o verificado nesse sistema. Os médicos, farmacêuticos e profissionais de saúde em geral devem contribuir para divulgar a importância da orientação médica no processo de diagnóstico. Lembrar os pacientes dessa possibilidade contribui para a educação em saúde da população e, aos poucos, abafa a cultura da automedicação irresponsável. Como já destacamos, o excesso de medicamentos pode causar intoxicação, reações alérgicas e dependência, entre outros problemas.

Quais são os desafios para minimizar a automedicação na sociedade brasileira?

As três reuniões tiveram a participação de 25 pessoas, com grupos de dez, oito e sete pessoas. Eram dezesseis homens e nove mulheres, com idade variando de 22 a 67 anos (média de 34,7). As reuniões tiveram a duração aproximada de uma hora e meia e geraram três fitas cassete de noventa minutos. Por isso, a prescrição médica e o respeito ao tratamento diminuem os riscos do paciente sofrer com efeitos adversos.

Nesses casos, é bastante comum que o paciente não respeite a dosagem recomendada, bem como os intervalos de uso. Ao reconhecer-se a extensão da rede de serviços que as farmácias podem representar, o principal desafio é a sua transformação em estabelecimentos de saúde, no qual o fornecimento de medicamentos seja uma de suas funções e não a única. Os farmacêuticos podem, também, assumir grande importância como educadores e como elo entre os usuários e os serviços de saúde e contribuir, em suas atividades, para que os medicamentos não sejam usados em substituição ao enfrentamento dos determinantes sociais e ambientais das doenças. Entre os adolescentes foi observado que geralmente eles não leem os rótulos ou instruções antes de tomar a medicação, costumam tomar medicamentos em doses excessivas e vários ao mesmo tempo.

Diante desse fato, o farmacêutico, em meio a suas habilitações e possibilidades de atuação, deve está preparado para atuar de maneira adequada, assim deve executar a atenção farmacêutica a favor do paciente de maneira efetiva (GALATO et. al., 2008). O Regime Diferenciado de Contratação de número 138, publicado em 2003 pela ANVISA, é i principal regulamentador que visa estabelecer os medicamentos que são considerados isentos de prescrição. No ano de 2012, foi aprovada a Lei de n° 14.708, essa lei estabelece a permissão e exposição e organização dos medicamentos isentos de prescrição médica em área de circulação comum disponíveis ao autosserviço e ao alcance do consumidor, isso facilitou a automedicação. Os problemas que são ocasionados pela automedicação são sérios, quanto para a saúde humana, quanto para a assistência a saúde, podendo trazer consequências e prejuízos físicos e financeiros.

Riscos da automedicação e como evitar consequências graves

Um exemplo comum é o uso incorreto e excessivo de antibiótico que causa a evolução das superbactérias muito mais difíceis de tratar. Cada remédio tem uma utilidade, portanto, os pacientes devem estar cientes que um perigo da automedicação é criar resistência ao medicamento, o que significa que ele não fará o efeito desejado. Um sintoma comum como a dor abdominal faz parte de vários quadros de saúde que vão desde problemas simples de tratar (má digestão, prisão de ventre ou excesso de gases) até os que exigem tratamento complexo e contínuo (disfunções no fígado, vesícula, bexiga etc.). Por exemplo, uma dor abdominal pode ser aliviada com anti-inflamatórios, enquanto uma apendicite pode estar se desenvolvendo e necessita de cuidado médico. O uso imprudente de analgésicos pode levar o paciente a ignorar um sinal crítico de alerta, prejudicando seu prognóstico.

Pesquisa revela que 9 entre 10 brasileiros se automedicam

O que falar sobre automedicação?

Além disso, a experiência pessoal e a opinião de amigos e familiares influenciam as decisões de saúde das pessoas. Essa abordagem, embora compreensível, pode estimular o uso de medicamentos contraindicados. A ansiedade decorrente da Cibercondria é muito decorrente do fácil acesso da população a mídias digitais que abordem saúde. As Fake News e mensagens dúbias nesses portais de saúde estimulam a adesão a dietas prejudiciais, por exemplo. Afinal, é um ato tão banalizado que se expressa na compra de analgésico, anti-inflamatórios e muitos outros remédios que estão presentes nos armários da maioria dos brasileiros. Outros fatores podem ter ser tidos como ápices da automedicação no Brasil, isso se dar pela relevância da não obrigatoriedade de prescrição no ato da dispensação, o que favorece o ato da automedicação por meio de medicamentos que necessitam da apresentação da prescrição para venda (SOUZA, et. al., 2011).

No Brasil, o setor privado é o principal responsável pelo fornecimento de medicamentos à população brasileira6 e a comercialização de medicamentos nas farmácias, em geral, está nas mãos de leigos, proprietários e balconistas. Nesse cenário, devem ser avaliadas todas as vantagens e as desvantagens da automedicação. O tratamento adequado tem como principais objetivos a cura e, por conseguinte, a interrupção da cadeia de transmissão8. É preciso levar em conta não só os benefícios da automedicação, mais os riscos, consequências e efeitos adversos que esse processo acarreta, devendo levar em conta que muitas vezes os riscos superam os benefícios. Assim, como cita o Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox), da Fundação Oswaldo Cruz os medicamentos são uma das principais causas de intoxicação no Brasil, estando a frente de alimentos danificados e agrotóxicos. De acordo com dados divulgados pela Organização Mundial da saúde (OMS) os hospitais gastam cerca Amoxicilina de 15 a 20% do orçamento para tratar de complicações ocasionadas pela automedicação.

Diante disso, os impactos das automedicações são refletidos nos gastos da saúde pública para reverter os casos de intoxicação e de tratamentos dos casos mais sérios. Dessa forma, o maior investimento na área da promoção da saúde, por parte do governo, minimizaria os problemas da automedicação no país. A Atenção Primária em Saúde como parte e como coordenadora de uma rede de atenção à saúde deve estar preparada para solucionar a quase totalidade dos problemas mais frequentes que se apresentam no âmbito dos cuidados primários. O farmacêutico é um parceiro privilegiado do sistema de saúde, da indústria farmacêutica e do consumidor. Aliás, o farmacêutico é o único profissional formado pela sociedade, que conhece todos os aspectos do medicamento e por isso pode dar uma informação privilegiada para as pessoas que o procuram na farmácia. Em geral, quando o usuário se dirige à farmácia ele solicita ajuda e inicia a conversação com várias perguntas.

A interação medicamentosa é a alteração do efeito de um medicamento ao utilizá-lo junto com bebidas alcoólicas, substâncias ilícitas ou outros tipos de remédios. Mesmo se o paciente tiver se automedicado, é fundamental incentivá-lo a buscar ajuda e nunca o constranger por ter feito o uso sem orientação. O medicamento também pode não fazer efeito e o sintoma piorar, afetando ainda mais a saúde. A orientação dada pela Anvisa é procurar um médico ao não sentir alívio ou perceber reações estranhas. Dessa forma, o paciente fica alerta e pode acionar o médico ou, se precisar de uma atendimento de emergência, será capaz de informar a medicação que está tomando.

Para garantir que os medicamentos sejam eficazes e seguros, é fundamental seguir as orientações médicas, evitar a automedicação e buscar ajuda profissional quando necessário. A educação sobre o uso responsável de remédios é essencial para prevenir os riscos associados à sua utilização inadequada. Em relação à regulamentação sanitária, a maioria dos medicamentos utilizados por automedicação era classificada como isenta de prescrição. Atualmente, informações de saúde apresentadas de forma neutra dificilmente estão disponíveis para consumidores ou pacientes (SCHWEIM, ULLMANN, 2015, pág.4), o que acarreta a piora da situação brasileira quando se trata de automedicação. De acordo com os achados da literatura, a automedicação é uma prática recorrente entre os brasileiros, de modo que fatores culturais, comportamentais, de gênero, idade e região são variantes determinantes na prática da automedicação. Foram analisados os perfis, as causas, as consequências e as formas de enfrentar a cultura da automedicação e seus impactos na saúde pública do Brasil.