Projeto usa horticultura para ressocializar dependentes químicos

Projeto usa horticultura para ressocializar dependentes químicos

Ao invés de ficar cada vez mais atraído pelas demandas externas da situação e se perder nelas, o indivíduo, através deste relaxamento, dirige o foco de volta ao centro subjetivo de seu controle (Marlatt & Gordon, 1993). Segundo Turatto , a metodologia clínico-qualitativo torna-se particularmente útil para uma pesquisa feita em um setting natural (settings da saúde). Situações de recreação como caminhadas, conversas informais e aulas de hidroginástica podem contribuir com a motivação pessoal despertada nos pacientes relativa ao seu engajamento nessas atividades, uma vez que o paciente apresenta dificuldade na verbalização no início do tratamento.

A designação de atividades entre sessões também deve compreender a avaliação da validez das crenças aditivas. Outra técnica recomendada é o desenvolvimento de redes de apoio social, tendo em vista que o conflito interpessoal é um estímulo de alto risco para muitos adictos, relatam Mackay et al. (1991, citados por Beck et al., 1999). A partir de sua participação num programa de auto-manejo, o indivíduo alcança novas habilidades e estratégias cognitivas, podendo, os hábitos, serem transformados em comportamentos através da regulação de processos mentais superiores conscientização e tomada de decisão. O indivíduo passará por um processo de descondicionamento, de reestruturação cognitiva e de aquisição de habilidades a fim de começar a aceitar maior responsabilidade pela mudança do comportamento (Marlatt & Gordon, 1993). Considerando os objetivos do trabalho de iden¬tificar as relações entre as técnicas cognitivo-comportamentais e os mecanismos envolvidos nos processos de intervenção terapêutica no cotidiano dos pacientes, a abordagem desta pesquisa é qualitativa reflexiva método observacional (observação-parti¬cipante).

O consumo de crack tem aumentado ao longo dos últimos anos (Bastos, Bertoni & Hacker, 2005; Filho, Turchi, Laranjeira & Castelo, 2003). Por último, investimentos em programas de prevenção, atuando na prevenção primária e trabalhando com o intuito de evitar a experimentação e /ou o abuso de substâncias psicoativas, podem impedir a instalação da dependência (Buchele, Coelho & Lindner, 2009). Os programas de prevenção para maior eficácia devem ser baseados em modelos já existentes que apresentaram resultados efetivos, com o cuidado de se adequar a cultura da população foco do programa. Universalizar um programa pode trazer mais prejuízos que benefícios, despertando o interesse do jovem por determinada droga ao invés de afastá-lo (Winters, Fawkes, Fahnhorst, Botzet & August, 2007; Kumpfer, Smith & Summerhays, 2008; Sloboda et al., 2009). As pesquisas acerca da eficácia de programas de prevenção devem obedecer a determinados constructos de maneira a tornar transparente, conciso e universalizar os dados positivos obtidos .

Muitas são as dúvidas em relação a esse tema, pretendo neste artigo esclarecer a respeito e te apresentar outros tratamentos que se revelam eficazes no tratamento da dependência química. É importante que todos os profissionais ligados à assistência do dependente químico conheçam os fundamentos teóricos da TC, da BT e da TCC. Enquanto a TC tem seu foco na reestruturação de cognições disfuncionais, a BT se fundamenta na relação entre os comportamentos e as diversas situações reais. Todas estas modalidades de terapia têm uma recomendação unânime para que sejam aplicadas por profissionais com formação e que conheçam os preceitos teóricos que as embasam.

Abordagens psicoterapêuticas eficazes no tratamento da dependência química

A dependência química se caracteriza pelo abuso de álcool, maconha, cocaína, crack ou outras substâncias entorpecentes. Poucos estudos foram realizados para verificar a eficácia de uma determinada medicação na diminuição ou cessação do consumo especificamente de crack. Alguns estudos sobre a utilização de medicamentos no tratamento da cocaína, entretanto, têm obtido algum êxito tanto na fase aguda quanto na manutenção da abstinência. Em um estudo realizado por Berger et al. comparou-se a eficácia dos medicamentos reserpina, gabapentina e lamotrigina. A reserpina, um anti-hipertensivo pode agir como antagonista no comportamento de autoadministração e na recaída. Já a gabapentina e a lamotrigina são medicamentos anticonvulsivantes que atuam inibindo a sensibilização do sistema límbico induzidos pelo uso de cocaína.

Livro – Tratamento da Dependência Química e as Terapias Cognitivo-Comportamentais, O – Um Guia para Terapeutas – Laranjeira

As estratégias de treinamento de habilidades introduzem respostas cognitivas e comportamentais para o enfrentamento de situações de alto risco (Marlatt & Gordon, 1993). Mackay et al. (1991, citados por Beck et al., 1999) destacam que os estímulos de alto risco são disparadores, clínica de recuperação que aceita convênio médico internos e externos, que motivam a pessoa adicta a usar drogas. A identificação destes estímulos, por parte do paciente, lhe possibilitará examinar as suas crenças sobre as drogas e o ajudará a praticar estratégias para enfrentá-los (Beck et al.,1999).

Todas essas modalidades de terapia apresentam evidências de eficácia nessa faixa etária e podem ser usadas separadamente ou em conjunto. Essas modalidades de tratamento serao revisadas, sendo explicados seu método de açao e suas principais evidências de eficácia em adolescentes. Para o tratamento dos comportamentos aditivos, afirmam Marlatt e Gordon foi criada a abordagem Prevenção de Recaída , alicerçada nos princípios da teoria do aprendizado social de Bandura (1977, citado por Marlatt & Gordon, 1993) e na Terapia Cognitivo-Comportamental. Trata-se de um programa de autocontrole que propicia aos indivíduos o movimento para uma posição onde são mais capazes de assumir responsabilidade pelo seu processo de mudança. Também é dedicado à melhora do estágio de manutenção do processo de mudança de hábitos, e visa a ensinar os indivíduos a lidar com o problema de recaída, destacando, para tal, a importância dos processos cognitivos e do autocontrole.

Aprendendo a Terapia Cognitivo-Comportamental – 2.ed.

Este livro se tornará o guia definitivo sobre tratamentos para todas as famílias de crianças com autismo, e eu o recomendo com vigor a qualquer um comprometido em otimizar as intervenções para crianças com transtornos do espectro do autismo. Uma vez identificada a ocorrência da dependência tecnológica, entram em cena as técnicas de terapia cognitivo-comportamental com o objetivo de abrandar ou solucionar o quadro clínico. O tratamento psicoterapêutico consiste na identificação e reformulação de pensamentos, crenças e hábitos disfuncionais. Não importa a idade nem a classe social, a dependência tecnológica e o uso abusivo de aparelhos conectados são uma realidade já estabelecida mundo afora. No entanto, o transtorno pode ser abordado com a aplicação de técnicas de terapia cognitivo-comportamental .{

Prevenção primária

|}

Caballo sugere que o conhecimento dos resultados provocados pelo contexto circundante sobre o comportamento, deveria ajudar a traçar e transformar diversos ambientes para produzir o efeito desejado no comportamento. Enfim, essas técnicas proporcionaram aos pacientes vivenciar experiências singulares e expressar seus sentimentos. E, conforme Guidano , a experiência humana aparece como o produto emergente de um processo de regulação mútua, alternado entre o experienciar e o explicar.